sábado, maio 14, 2011

Memória Curso Estadual de Formação de Formadores

IIº CURSO ESTADUAL DE FORMAÇÃO DE FORMADORES
CHAPECÓ, DE 2 A 4 DE MAIO DE 2011
DIA 02 DE MAIO DE 2011
1º momento – Rodada de apresentação
Inicialmente, em tarjetas cada um escreve seu nome (tarjeta amarela), organização que representa (tarjeta rosa) e expectativa em relação ao curso (tarjeta retangular verde/amarela).

Também com bonequinhos verdes identificar os fóruns em cada região e com bonequinhos vermelhos os sujeitos participantes desse processo em um grande mapa de Santa Catarina para que possa ser visualizado cada território.

Participantes:

Sandra, 5 meses na ES e veio buscar conhecimentos, é EES “Sabor Solidário”, região litoral.
Cora, RESVI, Vale do Itajaí, veio buscar mais informações para multiplicar.
Laíde, aprender para a melhora do nosso ees,
Sirlanda, Joinville, ees de papel reciclado e bananeira, buscar conhecimento e multiplicar na região e também compreender o processo de formação de formadores.
Celisa, BSC Joinville, buscar conhecimentos que possam acrescentar oportunidades aos ees, atender dentro da ES
Fernando, gestor secret. Mun de assit social de lajes, fórum regional de ES, oportunidade dos usuários do CRAS na inclusão produtiva em ES, trocas de experiências, trabalho em equipe, conhecimentos e oportunidades.
José Moacir, Joinville, de Coop., buscar conhecimentos para levar ao ees, buscando novas experiências.
Franciele, foi da ITCP, está se inserindo no processo no trabalho e articulação, compreensão desse processo de formação em ES.
Neli, fórum do extremo oeste, representa as empreendedoras urbanas, levar informações e desenvolver ideias e ideais na região e levar algumas atitudes e ações que podem ser desenvolvidas com as artesãs.

Odila, representando CRAS Lajes, artesão há 40 anos e trabalha com materiais recicláveis e de pano, trabalha com grupos no CRAS, formação, desenvolvimento, ideias e ideais, aproveitar as ideias e poder transmitir conhecimentos que possam ser aproveitados com reciclados e novas técnicas.
Kris, Blumenau, arte solidária, o que é ser uma formadora/formador, entender mais seu papel.
Marílha, gestora Norte, secretaria de assistência social, conhecer e aprender.
Maria, Grupo de mulheres, Arte Sol, Joinville, aprender através de conhecimento de teoria e prática o que é ES.
Cíntia, gestora de Brusque, secret. assist. social e habitação, conhecer e entender o que é ES na região dela.
Eliandra, Bandeirante, fórum extremo oeste, articuladora região sul Rede ECOJUS, exercitar a autogestão.
Inez, ees, veio dar continuidade ao processo de formação e fazer novas amizades.
Tchê, ITCP/Unochapecó, fórum oeste, passar um pouco de conhecimento acumulado, aprender e ensinar.


2º momento – Reflexão sobre autogestão da pedagogia como metodologia e formação
1.1 Exposição sobre AUTOGESTÃO e FORMAÇÃO DE FORMADORES

O facilitador Carlos Eduardo Arns, Tchê, fez exposição sobre como se dá o processo de formação de formadores em SC; destacou a importância da autogestão diante do modelo capitalista imposto.
Segundo o professor, é necessário que os ees não sejam somente a produção de material, mas de produção de formação. Cada trabalhador vai ser uma educadora/um educador orgânico. Isso somente é possível por meio do exercício da autogestão. A autogestão é nossa meta, pois gera autonomia, ao contrário do capitalismo que gera a dependência do sistema que hoje temos e vivemos. Estamos constantemente em aprendizagem de autogestão, que é um processo contínuo e permanente.
Esse curso passa a ser um curso de todos, de um coletivo, e somos responsáveis pelo resultado. Somos sujeitos ativos e não mais passivos. Na autogestão essa concepção de passividade deve ser banida, pois todos têm saberes que devem ser socializados, reconstruindo esse nosso saber coletivamente. O saber é sempre dirigido com interesse capitalista. O conhecimento é uma forma de poder.
O curso vai ser realizado em dois momentos: esse módulo (1º semestre/2011) e outro (2º semestre/2011) que será exposto por meio do cronograma a ser relatado e socializado posteriormente. Os sujeitos já compõem o coletivo de formadores de SC. O centro não é espaço físico, o físico são os formadores: Grupo de pessoas que se orientam pelos Fóruns (estadual, regionais e municipais) fortalecendo o movimento da ES. Esse coletivo articula outras pessoas que podem contribuir com o processo de formação. Existem várias formas de se conseguir estruturas para desenvolver o trabalho de formadores (EAP, GP ou EES). A seguir há um esquema da organização dos eventos de formação de formadoras e formadores.

Figura 1 – Esquema dos cursos de formação de formadoras e formadores.


Abordagem sobre as equipes autogestionárias para o desenvolvimento do Curso
Para a organização do curso é necessário a constituição de Grupos de trabalho/comissões/equipes de autogestão para ajudar na gestão do curso. O facilitador fez provocação de qual entendimento de grupos de gestão compartilhada, ou autogestão, e a partir daí os participantes começaram a discutir e nomear os grupos/equipes como: registro/memória, cuidados, animação, infraestrutura, avaliação e coordenação, bem como quais são os papéis de cada equipe.
Composição das equipes autogestionárias
Memória e registro: Inez, Franciele, Celisa, Cora
Cuidados/Infraestrutura: Sirlanda, Moacir, Cintia, Maria
Criatividade/Animação: Kris, Fernando, Sandra, Odila
Avaliação: Eliandra, Neli, Laíde, Marílha
Coordenação: Fernando, Sirlanda, Eliandra, Inez, Aline e Tatiana

Cada participante escolheu uma equipe para fazer parte.

Na parte da tarde, chegaram mais 2 pessoas para o curso:
Elisa, ees artesanato, Chapecó, Fórum Oeste
 João, Coopelquil, Quilombo, ees

Em seguida, os grupos reuniram-se para planejar suas atividades e foi delimitado 30min.

Cada equipe definiu como planejamento:
Equipe Animação
O grupo decidiu trabalhar algumas dinâmicas “secretas” e para a confraternização um baile e o grupo alerta para que decidam o que tomar e o que comer para que a casa providencie antecipamente.
Equipe Cuidados
O grupo pensou o cuidado com o ambiente, disposição das cadeiras, chimarrão, assistência (se precisar de algum medicamento, médico).
Equipe Memória e registro
Todos os dias serão feitos relatos do dia anterior disponibilizado em apresentação visual e/ou rodas de cochichos.
Equipe Avaliação
A equipe trouxe uma técnica denominada de humorômetro (uso de faces de humor), em que os participantes podem expressar suas emoções acerca dos seguintes tópicos: conteúdo, metodologia, facilitadores, alimentação, infraestrutura, material de apoio, e foi disponibilizada aos participantes para demonstrarem suas emoções durante a construção do primeiro e segundo dia do Curso. Essa técnica visa avaliar como está a emoção dos participantes em relação ao processo construtivo do curso estadual. É uma forma de refletir nossas ações.

Retomando ...
Segundo Tchê, a constituição dos grupos de trabalho é importante para o processo de aprendizagem comprometido, que por sua vez se amplia. Isso pode nos guiar para o exercício de autogestão. Após, foram socializadas as temáticas com respectivos horários para que o coletivo possa discutir e definir ou redefinir temas/tempo. Tchê também reforça a importância de cada um ter a compreensão do projeto, ater-se ao organograma de atividades e, principalmente, ao papel da formadora/formador.
Em seguida, passou-se ao próximo tema “Desenvolvimento Territorial Sustentável”. Tchê aponta que um bom grupo deve conter entre 6 (menos não é aconselhável pois há pouca diversidade para promover um bom debate) e 12 (mais que 12 dificulta a participação e envolvimento de todas e todos). Como funciona um grupo: “deve ter tema, todos debatem, entram em consenso comum. Alguém deve coordenar as falas, dando sequência de ordenamento, garantindo que todos falem e participem, e administração do tempo. Nos primeiros 5 min cada um trabalha individualmente definindo o que compreende por desenvolvimento. A concepção de desenvolvimento pode ser disponibilizado em uma palavra-chave, frase, imagem etc. Assim, cada um vai externalizar sua ideia, e cada ideia deve ser sistematizada e disponibilizada no centro do grupo de modo que todos participem e visualizem o processo. Próximo passo é discutir se todas as ideias são consenso para definir o que é desenvolvimento.
O que é desenvolvimento? Crescer, expandir, trocar ideias e como fazer para crescer? O que é preciso saber fazer para que haja desenvolvimento.
Cada participante do grupo recebe uma tarjeta para escrever ideia(s). Numa outra tarjeta (única) colocar o nome do grupo e a definição do desenvolvimento pelo grupo.
Planejamento – ações sustentáveis, desenvolvimento local, desenvolvimento no grupo, desenvolvimento pessoal e desenvolvimento no grupo.
Após, os GT’s socializaram suas concepções no grande grupo.

GRUPO 1 – (Eloísa, Sirlanda, Neli, Sandra, João e Fernando)
Palavras ou ideias-chaves: Oportunizar/participação coletiva – Organização – Processo de construção – Estrutura – Confiança
Criatividade – conhecimento técnico – aprendizagem – multiplicar – ação – trabalho

GRUPO 2 – (Celisa, Franciele, Kris, Moacir, Laide e Cora)
 Palavras ou ideias-chaves: Planejamento de ações sustentáveis - Desenvolvimento de um produto - Desenvolvimento no grupo - Desenvolvimento local.
“É o planejamento das ações sustentáveis buscando atingir a relação entre produtos, serviços, ser humano e meio ambiente.”

GRUPO 3 (Marília, Odila, Maria, Inez, Eliandra e Cíntia)
Palavras ou ideias-chaves: (Inez) “Desenvolvimento é o crescimento econômico das pessoas e da sociedade. “É o bem-estar de uma população com o crescimento de riqueza e mobilidade adequada as devidos padrões.” “Pode ser sustentável que é desenvolvido em harmonia com o meio em que se vive.”
(Cintia) “É o crescimento, ou compreensão e aplicação de idéias para o crescimento podendo Sr prático ou teórico.”
(Odila) “Como desenvolver a ES a coleta do lixo reciclável na cooperação e união de todos, na coletiva de bens e dos resultados. Na economia do desenvolvimento envolve motivação, organização e consumo.”
(Maria) “riqueza materiais, geração de bens-estar, idéias e conforto, levaria a satisfação das necessidades humanas”.
(Marília) “Aprimorar os conhecimentos de cada indivíduo ou grupo para que o trabalho que este desenvolva seja cada vez melhor no que se propõem a desenvolver.”
(Eliandra) “valorização local/ações pontuais e articuladas/respeito às diversidade/homogeinização rural-urbano”.
Após a socialização de cada um começou-se a elaborar o conceito de “desenvolvimento” para o grupo e retirada de palavras-chave/ideias.
União de todos – Capacitar para desenvolver – Bem-estar e conforto – Mobilidade
“A partir daí o grupo entendeu Desenvolvimento como: é o crescimento, a compreensão e aplicação de idéias com ações pontuais e articuladas, respeitando as diversidades para o bem-estar social visando à sustentabilidade da mesma.”.
Apresentação da executiva do Projeto CFES-SUL
(Aline Pedron, admin., Tatiana, assessora pedagógica, Aline Mendonça, coord. Pedagógica)

Por conta de problemas temporais para pouso do avião, a equipe executiva do CFES-SUL pode chegar somente na parte da tarde em Chapecó e logo fez sua apresentação. Isso acontece!!!!!

Desenvolvimento Territorial Sustentável
Facilitador: Tchê

Com o avanço início da Revolução Industrial, a palavra desenvolvimento vem acompanhada de progresso, que por sua vez, estava se falando de conhecimento científico e tecnologia, logo todas as sociedades para progredirem deveriam assimilar esse binômio. Crescimento econômico vinha na mesma lógica de parte física, ou seja, corresponde ao aumento da produção cuja mensuração se dá pelo Produto Interno Bruto – PIB. No final dos anos 50 crescimento não garantia tudo, não demonstrava. O físico não dá conta, passa-se, sem sair da dimensão física e econômica, a usar desenvolvimento econômico e social. Sai de uma visão material, de um volume econômico também físico, introduz o desenvolvimento econômico, vê que não dá conta dos problemas e passa-se a empregar desenvolvimento econômico e social.
Antes progresso (conhecimento cientifico e tecnologia)
1920-50 Crescimento econômico (PIB) (físico)
1960-70 Desenvolvimento econômico
1980 Desenvolvimento econômico e social
1990 Desenvolvimento sustentável
Visão tradicional e fragmentada onde predominava o econômico e o desenvolvimento se dava de fora para dentro. Ou seja, o Brasil para se desenvolver alguém teria que trazer as condições para se desenvolver. Desenvolvimento, nesse caso, era uma discussão de uma elite, altamente capacitada. O sujeito do desenvolvimento era o estado e os grandes empresários. Quem faz o desenvolvimento é só empresariado, os outros sujeitos são só passivos.
Trajetória da concepção de processos de desenvolvimento. O espaço era as cidades e quem desenvolvia esse processo eram as indústrias. Nova visão passa a ser inaugurada como “caminho único”. Quem questionasse era rechaçado. Se criou uma concepção de economia que tudo que vamos colocar numa roda ... e quem faz economia são os seres humanos. Retomando a nova visão, o desenvolvimento passa a ser visto como multidimensional, integrado. Desenvolvimento compreende as dimensões econômica, social, cultural, tecnológico e ambiental. A separação das dimensões facilita a defesa de visão tradicional e progressista. Nessa nova fase de pensar desenvolvimento é possível pensar o desenvolvimento de dentro para fora e debaixo para cima (pode interferir, porque tem poder, porque dialoga com seus pares, também faz desenvolvimento, empoderamento de agir no desenvolvimento), posto que as regiões, os territórios podem fazer desenvolvimento. Quem faz a ES é o ser humano. ES é o pensamento mais multidimensional e integrado (desenvolvimento econômico, educacional, social e tecnológico).
Com a crise dos anos 1980 (crise estrutural do capitalismo), houve uma desestruturação, do desemprego se deu em regiões onde não estavam ligados à agricultura familiar; onde havia cooperativas houve menor impacto de desemprego. A partir daí ninguém mais falava em desenvolvimento rural, nem os intelectuais, com ideia de que os pequenos iam desaparecer. A ideia de um caminho único caiu por terra. Só assim se faz sentido de discutir ES. E mesmo assim há quem pensa que estamos falando em utopia. Dá para fazer um desenvolvimento de baixo para cima e de dentro para fora. Se quisermos discutir ES temos que discutir que desenvolvimento queremos. O modelo de desenvolvimento é fruto do modelo que sociedade queremos. E temos que pensar quais são os caminhos que queremos chegar. Como devem ser as relações no processo de como produzir? Como dividimos os resultados entre os trabalhadores?
Cadeia produtiva o que é? é algo que está encadeado, com elos, vem de uma reflexão crítica da visão tradicional de desenvolvimento. Reconhecemos uma cadeia através de quatro componentes básicos: a produção, a transformação, a distribuição e o consumo (eles têm relação entre si, são interligados). Além disso, há mais dois elementos para o funcionamento de uma cadeia produtiva que são o ambiente institucional (que compreende as leis, as regras e as normas) e o ambiente organizacional (que compreende entidades de apoio, universidades, ONGs, prefeitura, igreja, associações, cooperativas, SENAES).
Há várias cadeias produtivas em uma determinada região formando um Sistema Produtivo Local.  Visão capitalista e dominante tem um sistema com patrão, com regras definidas por poucos. Um exemplo de cadeia desestruturada é a cadeia da reciclagem, que somente, no ano de 2010, que o governo “acendeu uma vela” para organizar essa cadeia. A ES defende um sistema produtivo diversificado. Não se pode pensar em desenvolvimento territorial local e sustentável sem agredir o meio ambiente... os formadores devem debater a partir dessa perspectiva.
Os ees da ES devem pensar como criamos regras, leis, que os ajudem...
Que tipo de desenvolvimento queremos? Não se pode pensar em ES sem pensar desenvolvimento sem partir dos territórios, do local, da potencialidade de cada localidade e sem pensar a harmonia com o ambiente. Nós, formadoras e formadores, temos que entender o que é desenvolvimento territorial. Quando estamos pensando o desenvolvimento no local a riqueza fica no local. A ES deve construir um conjunto de estratégias que ajudam a riqueza gire no local e seja apropriada pelo local.



DIA 03 DE MAIO DE 2011
Dinâmica matinal conduzida pela equipe de animação.
Em seguida, as equipes autogestionárias reuniram-se para planejarem suas atividades para esse dia. Foi dado a cada equipe um texto da CAPINA para lerem e refletirem sobre o papel das equipes. A equipe de coordenação discutiu sobre o papel de construção de formação. Quando se fala em ES é mudar a ordem. É uma construção (pensar, fazer) coletiva.

Num segundo momento, foram distribuídas uma imagem para refletir relacionando-a com o formador/a, e o prefácio do livro Trabalho, Educação e Reprodução social (de Eraldo Batista e Henrique Novaes) intitulado “Formação humana e reprodução social para além do capital” de Giovanni Alves.
Formação de Formadoras e formadores
O que é? Qual é o perfil? Qual é o papel desse formador?
Facilitadora: Tatiana
Primeiramente, a posposta trazida foi a de que em grupos os participantes construíssem, por meio das questões, seus entendimentos sobre formador/a e depois socializar no coletivo a partir da imagem de uma pessoa que, no seu caminho, se depara com uma placa com a seguinte mensagem: “Pare, passagem impossível”, pois nos próximos passos há um penhasco sem ponte. Essa pessoa toma a seguinte atitude: usa a placa como ponte para conectar/ligar uma parte a outra e passou/segui seu caminho.
Apresentação dos grupos
Grupo 3 – Cora, Fernando, Maria, Sandra e Eloísa
O grupo apresentou um esquete (forma cênica de apresentação de suas reflexões). As orientações das cenas dos atores se deram por meio de tarjetas que sinalizavam algumas ações a serem executadas. Parar. Olhar. Pensar. Iniciar. Agir. Paciência, Criar. Desafiar. Conquistar. Superar.
Será que tudo é impossível?
Nada é impossível.
Eu posso. Eu consigo. Vou lutar. Seguir em frente no nosso dia-a-dia sempre que vamos nos defrontar com o impossível. Muitos olham e não procuram maneira de lutar contra o impossível.

Grupo 2 – Eliandra, Marilha, Moacir, Celisa, Neli e Laíde
O grupo 2 informou os dados conseguidos, sendo todos construídos a partir de suas falas.
O que é? Aquele que busca conhecimentos e saberes, multiplica-os para o fortalecimento da ES.
Qual é o perfil? Aberto, solícito, comprometido, solidário, pensamento de coletividade, visão sistêmica (parte pelo todo), exercer a escuta.
Qual é o papel desse formador? multiplicador de conhecimentos e saberes para transformar a realidade/contexto.

Grupo 1 – Kris, Sirlanda, Inez, João, Odilia e Cintia.
O que é? Canal de troca, fluxo de informação.
Qual é o perfil? Liderança solidária, motivador, criativo, companheiro, participativo.
Qual é o papel desse formador? Transmitir confiança, didático, ter bom senso e segurança.
O texto ajudou a desmistificar que pessoas que não tem domínio de linguagens, especialmente, a intelectual/conhecimento científico, também expressam sentimentos e compreensões acerca do mesmo assunto, mesmo usando expressões de linguagens diferenciadas.

Dinâmica: Em roda, dançamos e cantamos a música do cirandas.


ANÁLISE DE CONJUNTURA
Facilitadora: Aline Mendonça
O que é Análise de Conjuntura (AC)?

“Dizem que os livros mudam o mundo, mas quem muda o mundo são as pessoas; os livros apenas mudam as pessoas.”

Se faz de dentro para dentro. Somos capazes de fazer nossa própria análise conjuntural, refletir sobre nosso contexto. A partir de nosso olhar é preciso fazer uma pausa. É apenas uma leitura de nossa realidade, interpretação crítica, por isso não é neutra. Ela é de suma importância para qualquer movimento social. É uma premissa/necessária/importante. A AC ela pode ser, por um lado, feita pela leitura do poder dominante como a leitura dos movimentos sociais. A leitura dominante é reproduzida pelas mídias. O grupo de emails do e-solidária, por exemplo, é um canal que nos ajudam a permitir nossa análise de conjuntura e que seja um elemento de transformação social. Após a leitura do processo, temos que traçar nossas estratégias, se posicionar frente a essa leitura que estamos fazendo.
A partir do texto do Betinho, sintetizamos pontos importantes que permeiam a AC:
1.       Acontecimento (deve conter maior fato)
Revelar sentidos
Percepção da realidade de si mesmo
Olhar para a história toda

2.       Cenários
O que está por traz dos acontecimentos?
Quais são os diferentes espaços do cenário?
Quais são as particularidades deste cenário?

3.       Atores
Quem são os atores?
Em que lado estão esses atores?
Quem são os protagonistas?
E os coadjuvantes?

4.       Relação de forças
Tem uma tese, e o movimento se contrapõe a essa tese por meio de antítese e com e o resultado dessa contradição de forças formulamos nossa síntese. Essa perspectiva que as coisas não estão dadas e que podemos tencionar para acontecer uma mudança (uma mudança quantitativa para se tornar uma mudança qualitativa que corresponde à transformação).

5.       Relação entre estrutura e conjuntura
É uma relação história que se estabelece pelas relações sociais, política, econômica...
Análise de conjuntura: de dentro para dentro, pausa para olhar para nosso momento histórico.
Leitura da realidade; não há neutralidade na análise de conjuntura
Análise de conjuntura sob a perspectiva dominante (mídias) sob Movimento social foco em elementos de transformação social.
Estratégia táctica: AC hipótese, leitura imediata, identificar perigo, medir forças políticas.

Acontecimento é diferente de fato, pois ele é maior. Revelar sentidos. Perceber realidade de si mesma. Olhar para a história toda.

LINHA DO TEMPO
 Após, foi proposto ao grupo construir coletivamente a linha do tempo da ES e após exercitar a análise de conjuntura de 2011 a partir do recorte do Projeto de Lei 865 – PL 865.
Foi disposta uma linha não-linear sendo identificados anos e acontecimentos.
Antes de 2000 – Feira do cooperativismo em Santa Maria
2001 – Primeiro Fórum Social Mundial – GT Brasileiro de ES
2002 – 1ª Plenária ES no FSM – Carta para presidente Lula
2003 – 2ª Plenária ES no FSM (jan) e 3ª Plenária ES – Criação da SENAES e FBES
2004 – 1º encontro nacional de ees – projeto Brasil Local – Conselho Nacional de ES
2005 – 1ª Mapeamento – 1ª Oficina nacional de formação em ES
2006 – 1ª CONAES – Oficinas regionais de formação em ES – Reeleição Lula
2007 – 2ª oficina nacional de formação em ES
2008 - 4ª Plenária ES – Projeto CFES nacional – eleições municipais - 2ª Mapeamento
2009 – Projeto CFES SUL – projeto Comercialização – Fórum
2010 – 2ª CONAES – eleições presidente/governador – aprovação decreto-lei do comércio justo solidário – 1ª atividades de formação do CFES sul – 1º Fórum Mundial da ES
2011 – projeto de lei PL 865 – movimento contra o PL 865

A proposta decidida pelo grupo foi de exercitar a análise de conjuntura nacional coletivamente.

Confraternização

04 DE ABRIL DE 2011
Dinâmica matinal conduzida pela equipe de Animação.
ES: a construção, jurídica e econômica dos ees – a autogestão, formalização/legalização e a sustentabilidade econômico-financeira dos ees.
Facilitador: André Ruas

Para que se entenda a questão da identidade, primeiro tem se que ter a noção do que é ES.
ES: tudo aquilo que faço sem visar lucro e cuidado com meio ambiente. Grupos de pessoas trabalhando unidas, sendo solidárias umas com as outras

Lucro + patrão diferente de autogestão que se reconhece nos ees.
O patrão para atingir o lucro, na perspectiva capitalista, explora os trabalhadores. Ele tira do trabalhar a força de trabalho, mas no concreto o trabalhador trabalha mais que recebe (“mais valia” Karl Marx). Essa relação se dá de forma hibernosa. Na medida em que o patrão paga o salário para o trabalhador diz que essa exploração está sanada. Das 8h trabalhadas, 3 h são pagas e as 5h o patrão tira o lucro. O patrão usa o discurso da ideologia. A única mercadoria do trabalhador é seu trabalho, que transforma matéria-prima em produto. Há mais mercadorias sendo produzidas do que gente com dinheiro no mundo para comprar. A célula principal do trabalho é o próprio trabalhador. Tem que gerar, fazer e vender, comprar o que induzem e só vender o que querem. Os trabalhadores são mal pagos. O patrão fala em ideologia.
Na ES é tudo o contrário, nossa ideologia é outra. Horas – valor trabalhado – sobras : compartilhado, conhecimento, atitude, política com política governamental.
Paul Singer – SENAES/MTE (Secretaria Nacional de ES do Minist. do Trabalho) – papel político da ES.
Posse coletiva dos meios de produção.
A economia determina o funcionamento de nossas cidades. Economia é a troca de dinheiro pela mercadoria; trabalho por moeda – valor de uso.
Usura (vantagem) = juros = sistema financeiro

Cooperação x Competição
+ para +              = divisão


Trabalho é que agrega valor ao produto
Plano de negócios: onde, qual o produto de serviço, qual ambiente, qual o ponto fraco e o forte e quais características de mercado. Estude tudo antes de começar o negócio.

Produção: define qual capacidade, quantidade, agrupamento necessário, produtividade média e custo de produção.
Plano de negócio
Consciência: valoriza seu trabalho, quantidade de produção, estratégia, local, fácil de controlar o capital de giro.
Finanças: financiamento, linha de crédito, que tipo de financiamento posso ter
Controle: organizar juridicamente o empreendimento.

Fluxos de Informações
Após, foram dados informações sobre os próximos eventos de formação e feitas indicações dos participantes interessados em participar do Curso Regional em Porto Alegre de 6 a 10 de junho. Também foram distribuídas oficinas em cinco região para acontecerem no segundo semestre de 2011: Lajes, Extremo Oeste, Sul, Joinville e Vale do Itajaí. Para o primeiro semestre temos cinco oficinas já definidas para as regiões: Extremo Oeste, Vale do Itajaí (F.Litorâneo/Blumenau) e  Joinville.
Kris e Eliandra falaram sobre os canais de comunicação disponíveis para que a rede de formadores de SC possa estar se apropriando (email de grupo, blog, cirandas, fbes...).

Avaliação
O grupo, em sua maioria, avaliou o curso positivamente em suas metodologias, facilitadores, temas, porém houve críticas acerca de não terem sido disponibilizados textos para serem lidos antes do Curso. Também os participantes escolheram temas que gostariam que fossem trabalhados no próximo módulo do Curso Estadual.
Dos cochichos nos intervalos, foi sugerido por Celise o uso dos vídeos que estão no kit distribuído pela SENAES para serem trabalhados no próximo módulo do Curso Estadual.
Em relação à hospedagem e à alimentação, desde os cursos de 2010, já vinha ocorrendo reclamações (comida gordurosa e quantidade não suficiente, líquidos sem opção de sem ou com açúcar, limpeza de quartos e banheiros precária, inflexibilidade de diálogo).

Mensagem de encerramento do Curso.
Encerramento
Aguardamos todos no próximo módulo!!!

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